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Tipo: Dissertação
Título: Fatores associados ao risco de quedas e medo de cair em idosos ambulatoriais
Autor(es): Alves, Eliane Baião Guilhermino
Primeiro Orientador: Lucchetti, Giancarlo
Co-orientador: Lucchetti, Alessandra Lamas Granero
Membro da banca: Ávila, Maria Priscila Wermelinger
Membro da banca: Gorzoni, Milton Luiz
Resumo: As quedas em idosos são muito prevalentes. Um em cada três idosos cai pelo menos uma vez ao ano, ocasionando repercussões físicas, funcionais, psicológicas e sociais. Entre as consequências psicológicas das quedas, o medo de cair e a restrição de atividades adquirem um papel importante na piora da funcionalidade e da qualidade de vida. Apesar do grande número de estudos que avaliam os fatores associados a quedas e ao medo de cair, ainda são poucos os que investigaram de forma abrangente todas as dimensões que podem levar a quedas nessa faixa etária, dada a sua complexa etiologia multifatorial. Objetivou se investigar de forma abrangente os fatores associados a quedas, quedas recorrentes e medo de cair em idosos ambulatoriais, assim como determinar suas prevalências. Esse foi um estudo transversal realizado com idosos ambulatoriais atendidos em serviços especializados da cidade de Juiz de Fora, especificamente o Serviço de atenção à saúde do idoso (SASI) da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora e o Serviço de Geriatria e Gerontologia do Hospital Universitário da UFJF (HU-UFJF/ EBSERH). Desenvolveu-se uma abordagem ampla dos fatores de risco para quedas em idosos, baseado nos principais guidelines, incluindo as seguintes dimensões: sociodemográficos, hábitos de vida, atividade física, sensorial, ambiente, exame físico, cognição, saúde mental, fragilidade, sono, funcionalidade, doenças, medicamentos e mobilidade. Entre os principais instrumentos utilizados estão o Timed up and go (TUG), teste da velocidade de marcha (VM) e escala de equilíbrio e marcha de Tinetti para avaliação da mobilidade, a escala internacional de autoeficácia em quedas (FES I) para avaliação do medo de cair, o Miniquestionário do sono (MQS) para investigar distúrbios no sono, a escala de depressão geriátrica (EDG) para rastrear sintomas depressivos e o miniexame do estado mental (Minimental) para avaliar cognição. A escala ambiental do risco de quedas foi utilizada para determinar o risco ambiental, e comportamentos de risco, como o uso de calçados inadequados, foram questionados. Modelos de regressão logística (queda no último ano e quedas recorrentes) e modelos de regressão linear (medo de cair através da escala Falls Efficacy Scale-International) foram realizados para avaliar os principais fatores de risco para quedas nessa população. Foram incluídos 335 idosos, sendo que 4 em cada 10 caíram no último ano, tendo as quedas ocorrido mais frequentemente por motivos acidentais e em ambientes externos. As repercussões físicas estiveram presentes em mais da metade das quedas e houve necessidade de atendimento hospitalar em quase um terço dos idosos. Os principais fatores de risco associados a quedas foram a presença de ansiedade, deficiência visual, número de medicamentos e risco ambiental, enquanto ser casado e maior velocidade de marcha foram protetores. Com relação às quedas recorrentes, o uso de anticonvulsivante e maior sintomatologia depressiva foram fatores de risco. Dos idosos incluídos, pelo menos 6 em cada 10 apresentavam medo de cair e os fatores de risco foram sintomatologia depressiva, dificuldades para subir escadas, déficit visual, distúrbios no sono, sedentarismo, hipotireoidismo e hipertensão arterial, enquanto o escore na escala de mobilidade de Tinetti foi fator de proteção. Conclui-se que as quedas e o medo de cair são muito prevalentes na população idosa. Os fatores encontrados em nosso estudo são, em sua grande maioria, modificáveis. Identificar fatores que predispõem ao evento multifatorial das quedas é fundamental e deve fazer parte de uma abordagem mais ampla, focada nas dimensões biológica, comportamental, ambiental e socioeconômica e centrada na pessoa idosa.
Abstract: Falls in the elderly are very prevalent. One in every three older adults experience falls at least one fall per year, resulting in physical, functional, psychological and social repercussions. Among the psychological consequences of falls, fear of falling and restriction of activities play an important role in worsening functionality and quality of life. Despite the large number of studies evaluating the factors associated with falls and fear of falling, there are still few that have comprehensively investigated all the dimensions that can lead to falls in this age group, given their complex multifactorial etiology. To investigate in a comprehensive way factors associated with falls, recurrent falls, and fear of falling among outpatient older individuals, a cross-sectional study was carried out with older adults outpatients treated at specialized services in the city of Juiz de Fora, specifically the Elderly Health Care Service (SASI) of the Juiz de Fora City Hall and the Geriatrics and Gerontology Service of the University Hospital-UFJF(HU UFJF/ EBSERH). A broad approach to risk factors for falls in the elderly was developed, based on the main guidelines, including the following dimensions: sociodemographics, lifestyle habits, physical activity, sensory, environment, physical examination, cognition, mental health, frailty, sleep, functionality, diseases, medication and mobility. Among the main instruments used were the Timed up and go (TUG), gait speed test (VM) and Tinetti balance and gait scale to assess mobility, the international falls self-efficacy scale (FES-I) to assess fear of falling, the Mini sleep questionnaire (MQS) to investigate sleep disturbances, the geriatric depression scale (EDG) to screen for depressive symptoms and the mini-mental state examination (Minimental) to assess cognition. The environmental falls risk scale was used to determine environmental risk and risk behaviors, such as wearing inappropriate footwear, were questioned. Logistic regression models (falls in the last year and recurrent falls) and linear regression models (fear of falling using the Falls Efficacy Scale-International) were carried out to assess the main risk factors for falls in this population. A total of 335 older outpatients were included in this study. Among them, 4 of 10 had fallen in the previous year, most often accidentally and outdoors. Over half of the falls resulted in physical injuries, and nearly a one-third required hospital care. The main risk factors associated with falls were anxiety, visual impairment, number of medications and environmental risk, while being married and walking faster were protective factors. As for recurrent falls, anticonvulsant use and increased depressive symptoms were identified as risk factors. At least 6 out of 10 older outpatients included in this study feared falling, and the risk factors were depressive symptoms, difficulties in climbing stairs, visual impairment, sleep problems, sedentarism behavior, hypothyroidism, and hypertension. Conversely, a higher Tinetti score was found to be protective against fear of falling. Falls and fear of falling are highly prevalent among the older adults, with many of the identified risk factors being modifiable. Predisposing factors to this multifactorial event must be identified and included in a broader approach, focused on biological, behavioral, environmental and socioeconomic dimensions and centered on older persons.
Palavras-chave: Quedas
Medo de cair
Idosos
Geriatria
Fatores de risco
Falls
Fear of falling
Geriatrics
Risk factors
Older adults
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla da Instituição: UFJF
Departamento: Faculdade de Medicina
Programa: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16791
Data do documento: 19-Mar-2024
Aparece nas coleções:Mestrado em Saúde (Dissertações)



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